Dez perguntas frequentes sobre o TEA respondidas por especialistas
- thiemerevinter
- 25 de jun. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de nov. de 2018
Vacina não causa autismo, relação genética e outras respostas para algumas das perguntas mais feitas sobre o TEA à especialistas no assunto

O autismo ainda suscita uma série de dúvidas para pais e até mesmo para profissionais de saúde. Pensando nisso, os autores a neurologista Maria Augusta Montenegro, a psicóloga Eloisa Helena Rubello vallar Celeri e o neurologista Erasmo Barbante Casella, compilaram 36 dúvidas mais frequentes relacionados ao TEA.
O resultado pode ser visto no livro Transtorno do Espectro Autista - TEA: Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento, e é apenas uma pequena parte do material criado por especialistas das mais variadas áreas feito para ajudar outros profissionais a oferecer o melhor tratamento aos indivíduos com TEA.
Confira abaixo algumas das perguntas e respostas mais comuns sobre o TEA:

1- Existe uma idade específica para o diagnóstico do TEA?
A idade do diagnóstico pode variar muito, pois casos mais leves podem ser difíceis de diagnosticar nos primeiros anos de vida.
2- A criança com TEA sempre apresenta atraso de fala?
Nem toda criança com TEA apresenta atraso de fala. 20 a 40% das crianças com TEA apresentaram desenvolvimento normal, com uma regressão da linguagem e do comportamento entre 18 e 24 meses.
3- Quais devem ser pedidos para confirmar o diagnóstico de TEA?
O diagnóstico do TEA é com base na observação clínica da criança. Apesar dos grandes avanços científicos das últimas décadas, ainda não existe um marcador biológico ou exames laboratoriais que confirmem o diagnóstico do TEA. Muitas vezes alguns exames podem ser solicitados para ajudar a excluir doenças que podem estar contribuindo para os sintomas, com audiometria por exemplo.

4- Síndrome de Asperger não existe mais?
Até a quarta edição, o manual de diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-4) subdividia o autismo em cinco condições separadas: 1- transtorno autístico; 2- síndrome de Asperger; 3- Síndrome de Rett; 4- transtorno desintegrativo da infância e 5- transtorno global ou invasivo do desenvolvimento sem outra especificação. em 2013, o DSM-5 propôs uma nova classificação, onde o termo transtorno do espectro autista (TEA) foi sugerido como termo único que inclui as várias condições anteriormente diagnosticadas separadamente.
5- Meu filho precisa ser medicado, ele vai ficar "dopado"?
Não. Eventualmente a criança pode ficar muito parada, mas isso ocorre em razão da dose excessiva da medicação. Para evitar que isso ocorra, deve-se começar com doses baixas e aumentos progressivos após reavaliação clínica.

6- TEA é genético?
Muitos estudos indicam que o TEA pode ser genético sim. É comum mais de uma pessoa ser acometida na família.
7- As vacinas podem causar TEA? Existe vacina contraindicadas para a criança TEA?
Não e nenhuma.
8- Dieta sem glúten, caseína ou lactose fazem parte do tratamento do TEA?
Não há nenhuma evidência científica mostrando que a dieta sem qualquer uma dessas substâncias melhora o TEA.
9- Terapia de quelação traz algum benefício para a criança com TEA?
Além de não trazer benefícios, há o risco de efeitos colaterais como arritmias, anemia aplástica hipocalcemia e insuficiência renal.
10 - Epilepsia é uma comordidade comum em crianças com TEA?
Sim. Epilepsia é mais comum em crianças com TEA, mas geralmente as crises epilépticas respondem muito bem ao tratamento com fármacos antiepilépticos.
Transtorno do Espectro Autista - TEA: Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento

Os vários aspectos do TEA, incluindo epidemiologia, etiologia, diagnóstico e tratamento.O Transtorno do Espectro Autista (TEA) mantém-se como um dos grandes desafios diagnósticos e terapêuticos da medicina atual.
Este manual aborda os vários aspectos desta entidade, principalmente sua epidemiologia, etiologia, diagnóstico e tratamento. Além disto, esclarece assuntos polêmicos como vacinas e dietas, sempre baseado em evidências científicas robustas, característica tradicional das escolas de medicina da USP e Unicamp.
É destinado a todos que lidam com crianças autistas, incluindo professores e pais. A leitura é leve e flui com facilidade. O tema é atual e o texto é objetivo e claro.
Comentários